sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Rachel de Queiroz - A Imortal

No último dia 17 de novembro de 2010, foi comemorado o centenário de vida de uma das autoras e
uma das mulheres mais importantes do Brasil, Rachel de Queiroz. Filha de Daniel de Queiroz Lima
e Clotilde de Franklin Queiroz, nasceu em Fortaleza, Ceará. Foi a primeira mulher a ingressar na
Academia Brasileira de Letras, no ano de 1977, ocupando a cadeira 5. E causou grande frisson entre
as feministas da época pela seguinte declaração polemica: Eu não entrei para a Academia por ser 
mulher. Entrei, porque, independentemente disso, tenho uma obra. Tenho amigos queridos aqui 
dentro. Quase todos os meus amigos são homens, eu não confio muito nas mulheres.

Em 1917 mudou para o Rio de Janeiro com seus pais, após uma grande seca, voltando 2 anos
depois para Fortaleza. Em 1925 conclui seus estudos, formando-se professora aos 15 anos de idade.
Aos 20 anos ficou nacionalmente conhecida ao escrever o romance O Quinze, retratando o período
de secada vivida nesta epóca.
 Rachel escreveu para jornais, foi presa acusada de ser comunista, casou-se, enfrentou a morte da
filha ainda muito pequena, entre muitos outros feitos. Foi uma romancista, jornalista, tradutora.
Traduzindo inclusive o romance O morro dos ventos uivantes, de Emily Bronte, e outros livros
conhecidos, de autores famosos. Faleceu no dia 4 de novembro de 2003, no Rio de Janeiro, em seu
apartamento, dias antes de completar 93 anos.

Bom, sou muito suspeita para falar de Rachel de Queiroz, porque ela é minha autora brasileira favorita, e sem dúvidas sou obcecada por seus livros. Rachel escreveu muitos contos e crônicas durante sua vida, muitos deles reunidos em livros, e claro escreveu alguns livros. Dentre eles O quinze, que foi seu primeiro romance, retratando a seca. Escreveu também Dora, Doralina que duela com Memorial de Maria Moura, como meu favorito, são histórias diferentes, mas personagens parecidas, mulheres, nordestinas, batalhadoras, que levaram rasteiras da vida, Dora,Doralina é lindo, muito lindo, e foi impossível ser apenas uma vez,  e confesso que nas duas eu fui as lágrimas. Memorial de Maria Moura, é aquele que você não larga, desesperada para saber o que vai acontecer  na proxima página. Também escreveu Três Marias, a histórias de três moças que se cruzam em um colégio interno. Rachel ainda escreveu outros livros, como João Miguel e A beata Maria do Egito e outros. Ainda não li todos, mas se você me perguntar qual eu recomendo, vai ser difícil responder, pois todos são fantásticos. E para quem quer conhecer um pouco mais sobre a vida dessa mulher fantástica eu recomendo o livro Tantos Anos, que foi escrito junto com sua irmã Maria Luísa, como uma espécie de entrevista. Espero que gostem, e quem ainda não conhece nenhuma obra dela, vale a pena tentar.
Algumas das obras de Rachel de Queiroz

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